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Política

Operações da PF incomodam Congresso e ampliam atrito com governo e STF

Expoentes do centrão responsabilizam o governo Lula, por exemplo, pelo avanço de investigações sobre o direcionamento das emendas parlamentares e ameaçam revidar nas votações de fim de ano.

marcelo

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Operações da PF incomodam Congresso e ampliam atrito com governo e STF
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A deflagração de operações da Polícia Federal sobre desvio de recursos públicos tem azedado ainda mais a já conturbada relação entre Congresso, governo e STF (Supremo Tribunal Federal). Expoentes do centrão responsabilizam o governo Lula, por exemplo, pelo avanço de investigações sobre o direcionamento das emendas parlamentares e ameaçam revidar nas votações de fim de ano.

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Nesta sexta-feira (12), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão tendo como alvo assessora ligada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL). A operação, chamada de Transparência, foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF, que tem vivido embates com deputados e senadores em torno da transparência e execução das emendas parlamentares ao Orçamento.

As queixas não se restringem às investigações diretamente ligadas à execução orçamentária. Incluem ainda as apurações sobre o Banco Master e o Grupo Fit (antiga Refit), cujos donos mantêm relações com dirigentes do centrão e que se tornaram alvos de algumas das principais operações da PF recentemente.

As acusações sobre direcionamento das investigações e uso político delas em campanhas nas redes sociais levaram PP e União Brasil a anteciparem a decisão de deixar o governo.
Em setembro, os dois partidos determinaram que filiados com mandato entregassem os cargos, após o presidente do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira, responsabilizar, em conversas reservadas, auxiliares de Lula pela disseminação de suspeitas de que empresários envolvidos com o PCC (Primeiro Comando da Capital) teriam pagado propina a ele.

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Nogueira negou e acusou o “gabinete do ódio de Lula” de estar por trás das informações.
Apontando participação do governo nessas ações, parlamentares fizeram chegar ao Palácio do Planalto suas suspeitas e reclamações sobre suposto direcionamento político nas investigações. Afirmam que Lula teria sido alvo do mesmo procedimento nos tempos da operação Lava Jato, quando Ministério Público e o então juiz Sergio Moro foram acusados de direcionar apurações contra o governo e combinar entre eles a linha de atuação o que levou o STF a anular as condenações.

Em resposta, colaboradores do presidente alegam não ter ascendência sobre o curso das operações a cargo da PF. Esses aliados também costumam argumentar que o governo não exerce qualquer influência sobre Dino ou qualquer outro ministro do STF, e lembram que Moraes sequer foi indicado pelo presidente Lula a escolha foi do ex-presidente Michel Temer (MDB), com aval do PSDB.

Um dos que tornaram pública a crítica ao vazamento de informações sobre operações recentemente foi o líder do PP na Câmara, deputado dr Luizinho Teixeira (RJ). Em entrevista à Folha nesta semana, ele afirmou que há ações para minar a imagem dos parlamentares e desgastá-los eleitoralmente. “As pessoas aprenderam a usar o Judiciário para intimidar o Parlamento. A gente está sendo intimidado diariamente”, disse.

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Relator da indicação de Jorge Messias para ministro do STF, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) também afirmou que um dos motivos das resistências ao ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) para a vaga é a preocupação com investigações que têm atingido políticos.

“Há um clima mais quente na classe política por conta de reclamações sobre excessos em investigações. Estamos às vésperas de uma eleição que, infelizmente, será de novo polarizada. E todos usam os instrumentos que podem para esticar a corda”, disse o pedetista, em entrevista ao jornal O Globo.

Já o vice-líder do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), defende a investigação sobre desvios com as emendas parlamentares e refuta a acusação de que o governo esteja criminalizando as emendas. Para ele, a generalização prejudica a imagem do Legislativo. “Quem errou, usou recursos públicos em benefício próprio, tem que ser punido. Zero queixa”, diz.

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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, de declarar inconstitucional a sessão da Câmara que manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e determinar que ela seja cassada pela condenação no tribunal, foi outro fato que elevou a tensão entre os Poderes.

No entendimento de deputados, isso fragiliza os mandatos e abre caminho para que, nos próximos processos, o procedimento também seja a perda automática do cargo. A Primeira Turma do STF deve julgar, em março, o suposto desvio de recursos de emendas parlamentares por deputados do PL do Maranhão, no primeiro julgamento de grande repercussão desde que as emendas entraram no centro do debate da política.

Além disso, Dino disse na semana passada que concluiu a tramitação das ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) que questionam a existência das emendas parlamentares impositivas e que pedirá que o presidente da Corte, Edson Fachin, abra espaço na pauta para julgamento pelo plenário. Esse dispositivo obriga o governo a pagar os recursos direcionados pelos congressistas.

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Foi nesse ambiente que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), levou a voto projeto de redução de pena dos condenados por atos contra a democracia, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Coordenador do grupo Prerrogativas e amigo do presidente, o advogado Marco Aurélio Carvalho diz que Lula deve vetar integralmente a proposta o que pode causar novos conflitos com o Congresso. “É um projeto meramente casuístico. Foi feito sob encomenda, com o único e exclusivo interesse de beneficiar aqueles que agiram para comprometer o nosso sistema eleitoral vigente, para comprometer a democracia e a rigidez das nossas instituições para beneficiar golpistas”, disse.

CATIA SEABRA E RAPHAEL DI CUNTO

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Política

André Fagundes anuncia pré-candidatura a deputado estadual destacando trajetória construída na prática

Segundo ele, sua trajetória foi construída “na realidade dura que todos enfrentam no dia a dia”, e não em teorias ou papéis.

marcelo

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André Fagundes anuncia pré-candidatura a deputado estadual destacando trajetória construída na prática
Foto: Reprodução/Instagram / André Fagundes
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A insatisfação com promessas vazias e discursos desconectados da realidade tem crescido entre os moradores da região. É nesse cenário que André Fagundes, profissional da saúde e ex-prefeito, anuncia sua pré-candidatura a deputado estadual, defendendo que somente quem viveu os desafios do serviço público de perto está preparado para representar a população com responsabilidade e resultados.

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Segundo ele, sua trajetória foi construída “na realidade dura que todos enfrentam no dia a dia”, e não em teorias ou papéis. A experiência acumulada ao longo dos anos é o que sustenta sua proposta de atuação na Assembleia Legislativa.

Fagundes iniciou sua caminhada como técnico em enfermagem, função que o colocou diretamente na linha de frente do cuidado, lidando com a dor, a vulnerabilidade e as necessidades reais das pessoas. Essa vivência, afirma, moldou sua visão humana e prática sobre a saúde pública.

VEJA VÍDEO:

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Mais tarde, assumiu o cargo de secretário de Saúde municipal, onde teve contato direto com a gestão de recursos essenciais e com a responsabilidade de manter serviços funcionando mesmo diante de limitações e pressões constantes.

Entre 2021 e 2024, foi prefeito de Nova Venécia, enfrentando a burocracia, as demandas urgentes da cidade e a necessidade de equilibrar prioridades em um cenário de desafios crescentes. Para ele, esse período consolidou sua capacidade de liderança e tomada de decisão.

Atualmente, como diretor do Hospital Roberto Silvares, Fagundes afirma estar ainda mais próximo da realidade da população, atuando em uma das áreas mais sensíveis da administração pública: a saúde. Ele destaca que o foco em resultados e na vida das pessoas é o que orienta seu trabalho diário.

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Com essa bagagem, André Fagundes oficializa sua pré-candidatura a deputado estadual, colocando sua experiência a serviço do Espírito Santo. Ele defende que a Assembleia Legislativa precisa de representantes que conheçam a realidade da população e que tenham histórico de entrega concreta.

“Vamos levar a força de quem faz para a Assembleia Legislativa. É por você e pela mudança que merecemos”, afirma.

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Política

Alcântaro Filho propõe e Ales vai conceder comenda a Flávio Bolsonaro

Flávio virá ao estado na próxima segunda-feira (22), junto com os irmãos Renan Bolsonaro – vereador de Balneário Camboriú (SC) e Carlos Bolsonaro – ex-vereador do Rio de Janeiro.

marcelo

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Alcântaro Filho propõe e Ales vai conceder comenda a Flávio Bolsonaro
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Com os votos contrário de Camila Valadão (PSOL), Iriny Lopes e João Coser (PT), os deputados estaduais capixabas aprovaram a entrega de título de Cidadão Espírito-santense ao senador Flávio Bolsonaro (PL). A proposta foi do deputado Alcântaro Filho (Republicanos).

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O senador é filho do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) – que está preso condenado pelos atos de 8 de janeiro de 2023 -, e na última semana anunciou que recebeu do pai a missão de se colocar como pré-candidato à presidência nas eleições de 2026.

Flávio virá ao estado na próxima segunda-feira (22), junto com os irmãos Renan Bolsonaro – vereador de Balneário Camboriú (SC) e Carlos Bolsonaro – ex-vereador do Rio de Janeiro. Eles participarão de u culto chamado “Grande clamor pelo Brasil” a convite do senador e presidente do PL, Magno Malta.

título de Cidadão EspíritoSantense é concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo – ALES à personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.

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Política

Gilvan apoia Guerino Zanon para governador pelo partido de Bolsonaro

Quem me conhece sabe que eu tenho uma admiração pelo Guerino Zanon, que fez uma grande gestão como prefeito de Linhares.

marcelo

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Gilvan apoia Guerino Zanon para governador pelo partido de Bolsonaro
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O deputado federal Gilvan da Federal defende publicamente que o Partido Liberal (PL) filie Guerino Zanon (PSD) e lance o ex-prefeito de Linhares a governador do Espírito Santo em 2026. Gilvan é o segundo mandatário mais importante do PL no Espírito Santo, abaixo do senador Magno Malta, que preside o partido no Estado. Como publicamos aqui na última quinta-feira (11), o PL passou a considerar muito seriamente a ideia de concorrer ao Palácio Anchieta com um candidato próprio – e Guerino já foi sondado, assim como o deputado federal Evair de Melo (PP).

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“A decisão, claro, passa pelo presidente do partido, o senador Magno Malta, mas, se ele decidir por Guerino Zanon, eu vou fazer campanha com sangue no olho, e nós vamos chegar no segundo turno. Eu tenho certeza que é um nome forte.”

Gilvan deu as declarações em favor de Guerino em entrevista exclusiva à coluna (abaixo) – pontuada por alguns palavrões –, na saída do plenário da Câmara de Vitória, cercado por algumas dezenas de apoiadores. Na entrevista, o deputado também respondeu sobre o processo em que é réu na Justiça Eleitoral e que pode deixá-lo de fora das próximas eleições.

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Nas duas primeiras instâncias, Gilvan foi condenado pelo crime de violência política de gênero praticado contra a deputada estadual Camila Valadão (PSol). Hoje, tecnicamente, ele está inelegível. E, se não conseguir uma cautelar ou uma decisão favorável que reverta a condenação até o início do próximo pleito, corre o sério risco de ter negado o registro de candidatura e não poder disputar a reeleição, por ser considerado “ficha suja”.

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Os detalhes do caso podem ser lidos aqui, mas, de forma muito sumária, Gilvan foi condenado por palavras proferidas contra Camila em duas sessões da Câmara de Vitória no fim de 2021, quando ambos eram vereadores. No dia 29 de novembro daquele ano, ele a mandou “calar a boca” e a chamou de “satanista”. No dia 1º de dezembro, voltou a lhe dizer “cala a boca”, além de chamá-la por termos como “assassina de criança” e “assassina de bebês”.

Antes de conceder a entrevista à coluna, Gilvan voltou, na segunda-feira (15), ao local onde tudo começou. A convite do vereador Armandinho Fontoura (PL), o deputado ocupou a Tribuna Livre, no plenário da Câmara de Vitória, discursando por dez minutos. Do processo, na verdade, falou pouco – na entrevista, foi mais específico.

Mostrando fotos de Lula (PT), de expoentes do bolsonarismo como o General Augusto Heleno e de ministros como Gilmar Mendes, Gilvan defendeu a tese de que, no Brasil, políticos de direita estão sendo perseguidos, condenados, presos e ficando inelegíveis, enquanto os “corruptos” e “pessoas ligadas ao crime organizado” estão sendo poupadas, inocentadas ou até libertadas pelo “tribunal de exceção” do STF, ficando com os direitos políticos preservados para disputar as eleições.

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Gilvan fez um sem-número de ataques à esquerda e graves acusações nominais ao presidente Lula. Chegou a dizer que “Lula é o presidente dos traficantes”. Também chamou o presidente da República de “presidiário”, “ladrão”, “criminoso”, “chefe de quadrilha”, “chefe de organização criminosa”, “pai da mentira”, “pai da miséria”, “defensor de traficantes” e “ligado ao crime organizado”.

“Hoje, no Brasil, quem está ligado à corrupção e ao crime organizado, eles aplaudem. Essa é a esquerda”, acusou. “Caiado, Zema, Tarcísio, Ratinho Júnior. Nós vamos nos unir no 2º turno e vamos varrer essa quadrilha da Presidência da República!”, gritou da tribuna, em referência à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto pelo PL.

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Gilvan também afirmou que quem defende Lula é um “eleitorado burro, canalha, idiota, que não estuda, que fuma maconha, que defende traficante, que são ex-presidiários, que passaram 15 anos no presídio”.

Sobre Camila, Gilvan exibiu no telão duas charges de um artista simpatizante da psolista, postadas por ela há poucos dias em suas redes sociais (com efeito, uma provocação desnecessária). Numa delas, a deputada é retratada a puxar o cordão da descarga, enquanto Gilvan desce pela latrina em meio a fezes. “E se fosse o contrário?”, questiona o parlamentar do PL.

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Antes do discurso de Gilvan, vereadores do PSol, do PT e do PSB saíram do plenário da Câmara de Vitória, em protesto. O ex-deputado federal Carlos Manato (em transição do PL para o Republicanos) compareceu e ficou no fundo do plenário, em solidariedade ao deputado bolsonarista. Nas galerias, um popular passou o tempo todo segurando um cartaz em que se lia “Inelegível KKK”.

Confira abaixo a entrevista completa de Gilvan, na qual ele afirma que não cometeu crime algum e garante: em relação ao processo de Camila, não se arrepende de nada, só teme a Deus e “faria tudo de novo”.

O Partido Liberal (PL) tem discutido internamente a possibilidade de lançar um candidato próprio a governador do Espírito Santo. Pelo que apurei, essa discussão é crescente e está ganhando força. O que o senhor pensa sobre isso? Defende que o partido lance, de fato, um candidato próprio a Palácio Anchieta?

Com certeza! Nós já temos a candidatura formada para presidente da República. Teremos candidato, o Flávio Bolsonaro, a não ser que consigamos tirar a inelegibilidade do Bolsonaro. Ele é o nosso candidato. Não sendo ele, é o Flávio. Nós temos candidatura majoritária para o Senado, que é a Maguinha Malta, filha do senador Magno Malta. E eu defendo que, a partir dessa conjuntura, nós tenhamos um candidato ao Governo do Estado do Espírito Santo, representando os patriotas à direita aqui do nosso estado.

E para governador, então, qual é o nome que o senhor defende pessoalmente? Alguns falam no próprio senador Magno Malta. Fala-se também no ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD), que poderia entrar no partido. Alguns falam até no deputado Evair de Melo (PP), seu colega na Câmara, que poderia se filiar. Qual é o nome que o senhor defende?

 

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